Foi publicada a entrevista feita em 1986 com Chico Xavier
por Geraldo Lemos Neto, fundador da casa de Chico Xavier em Pedro
Leopoldo (MG), onde Chico faz revelações a respeito do futuro de nosso
planeta. Será mera coincidência ou o caminho que nos esta sendo
ensinado faz parte deste processo? Eu os convido a leitura.
“ O tema
da transformação da Terra de mundo de expiação e provas para mundo de
regeneração, levantado pelo próprio codificador da Doutrina Espírita,
Allan Kardec, sempre interessou e intrigou Geraldo Lemos Neto, fundador
da Casa de Chico Xavier, de Pedro Leopoldo (MG).
Em 1984 Lemos Neto
casou-se com Eliana, irmã de Vivaldo da Cunha Borges, que morava com
Chico Xavier desde 1968 e diagramava todos os seus livros. A partir de
então, passou a desfrutar de uma intimidade maior com Chico em Uberaba,
visitando-o com mais frequência e hospedando-se em sua residência.
“Posso dizer que essa época foi para meu coração um verdadeiro tesouro
dos céus. Recordo-me até hoje daqueles anos de convivência amorosa e
instrutiva na companhia do sábio médium e amigo com profunda gratidão a
Deus, que me permitiu semelhante concessão por acréscimo de Sua
Misericórdia Infinita. Assim, tive a felicidade de conviver na
intimidade com Chico Xavier, dialogando com ele vezes sem conta,
madrugada a dentro, sobre variados assuntos de nossos interesses comuns,
notadamente sobre esclarecimentos palpitantes acerca da Doutrina dos
Espíritos e do Evangelho de Jesus”, recorda.
Um desses temas, como
lembra Lemos Neto, foi em relação ao Apocalipse, do Novo Testamento.
“Sempre me assombrei com o tema, relatando a Chico Xavier minha
dificuldade de entender o livro sagrado escrito pela mediunidade de João
Evangelista. Desde então, em nossos colóquios, Chico Xavier tinha
sempre uma ou outra palavra esclarecedora sobre o assunto, pontuando
esse ou aquele versículo e fazendo-me compreender, aos poucos, o momento
de transição pelo qual passa o nosso orbe planetário, a caminho da
regeneração”, afirma. Foi em uma dessas conversas habituais, lembrando o
livro de sua psicografia, Brasil, Coração do Mundo, Pátria do
Evangelho, escrito pelo espírito Humberto de Campos, que Lemos Neto
externou ao médium sua dúvida quanto ao título do livro, uma vez que
ainda naquela ocasião, em meados da década de 80, o Brasil vivia às
voltas com a hiperinflação, a miséria, a fome, as grandes disparidades
sociais, o descontrole político e econômico, sem falar nos escândalos de
corrupção e no atraso cultural.
“Lembro-me, como hoje, a expressão
surpresa do Chico me respondendo: ‘Ora, Geraldinho, você está querendo
privilégios para a Pátria do Evangelho, quando o fundador do Evangelho,
que é Nosso Senhor Jesus Cristo, viveu na pobreza, cercado de doentes e
necessitados de toda ordem, experimentou toda a sorte de vicissitudes e
perseguições para ser supliciado quase abandonado pelos seus amigos mais
próximos e morrer crucificado entre dois ladrões? Não nos esqueçamos de
que o fundador do Evangelho atravessou toda sorte de provações, padeceu
o martírio da cruz, mas depois ele largou a cruz e ressuscitou para a
Vida Imortal! Isso deve servir de roteiro para a Pátria do Evangelho. Um
dia haveremos de ressuscitar das cinzas de nosso próprio sacrifício
para demonstrar ao mundo inteiro a imortalidade gloriosa!’”, esclareceu.
Sobre essas e outras revelações feitas a ele por Chico Xavier sobre
fatos relacionados ao ano em que se dará a grande transformação do nosso
planeta, Lemos Neto fala mais abaixo:
Olhar Espírita – No livro A
Caminho da Luz, nosso benfeitor Emmanuel já havia previsto que no século
XX haveria mais uma reunião dos Espíritos Puros e Eleitos do Senhor, a
fim de decidirem quanto aos destinos da Terra. A reunião aconteceu e a
ela compareceram Chico e Emmanuel – os missionários que trabalham
abnegadamente, por séculos a fio, em favor da renovação humana. Quais os
resultados dessa reunião?
Geraldo Lemos Neto – Na sequência da
nossa conversa, perguntei ao Chico o que ele queria exatamente dizer a
respeito do sacrifício do Brasil. Estaria ele a prever o futuro de nossa
nação e do mundo? Chico pensou um pouco, como se estivesse vislumbrando
cenas distantes e, depois de algum tempo, retornou para dizer-nos:
“Você se lembra, Geraldinho, do livro de Emmanuel A Caminho da Luz? Nas
páginas finais da narrativa de nosso benfeitor, no capítulo XXIV, cujo
título é O Espiritismo e as Grandes Transições? Nele, Emmanuel afirmara
que os espíritos abnegados e esclarecidos falavam de uma nova reunião da
comunidade das potências angélicas do Sistema Solar, da qual é Jesus um
dos membros divinos, e que a sociedade celeste se reuniria pela
terceira vez na atmosfera terrestre, desde que o Cristo recebeu a
sagrada missão de redimir a nossa humanidade, para, enfim, decidir
novamente sobre os destinos do nosso mundo. Pois então, Emmanuel
escreveu isso nos idos de 1938 e estou informado que essa reunião de
fato já ocorreu. Ela se deu quando o homem finalmente ingressou na
comunidade planetária, deixando o solo do mundo terrestre para pisar
pela primeira vez o solo lunar. O homem, por seu próprio esforço,
conquistou o direito e a possibilidade de viajar até a Lua, fato que se
materializou em 20 de julho de 1969. Naquela ocasião, o Governador
Espiritual da Terra, que é Nosso Senhor Jesus Cristo, ouvindo o apelo de
outros seres angelicais de nosso Sistema Solar, convocara uma reunião
destinada a deliberar sobre o futuro de nosso planeta. O que posso lhe
dizer, Geraldinho, é que depois de muitos diálogos e debates entre eles
foram dadas diversas sugestões e, ao final do celeste conclave, a
bondade de Jesus decidiu conceder uma última chance à comunidade
terráquea, uma última moratória para a atual civilização no planeta
Terra. Todas as injunções cármicas previstas para acontecerem ao final
do século XX foram então suspensas, pela Misericórdia dos Céus, para que
o nosso mundo tivesse uma última chance de progresso moral. O curioso é
que nós vamos reconhecer nos Evangelhos e no Apocalipse exatamente este
período atual, em que estamos vivendo, como a undécima hora ou a hora
derradeira, ou mesmo a chamada última hora.”
FE – Como você reagiu diante da descrição do que acontecera nessa reunião nas Altas Esferas?
Geraldinho – Extremamente curioso com o desenrolar do relato de Chico
Xavier, perguntei-lhe sobre qual fora então as deliberações de Jesus, e
ele me respondeu: “Nosso Senhor deliberou conceder uma moratória de 50
anos à sociedade terrena, a iniciar-se em 20 de julho de 1969, e,
portanto, afindar-se em julho de 2019. Ordenou Jesus, então, que seus
emissários celestes se empenhassem mais diretamente na manutenção da paz
entre os povos e as nações terrestres, com a finalidade de colaborar
para que nós ingressássemos mais rapidamente na comunidade planetária do
Sistema Solar, como um mundo mais regenerado, ao final desse período.
Algumas potências angélicas de outros orbes de nosso Sistema Solar
recearam a dilação do prazo extra, e foi então que Jesus, em sua
sabedoria, resolveu estabelecer uma condição para os homens e as nações
da vanguarda terrestre. Segundo a imposição do Cristo, as nações mais
desenvolvidas e responsáveis da Terra deveriam aprender a se suportarem
umas às outras, respeitando as diferenças entre si, abstendo-se de se
lançarem a uma guerra de extermínio nuclear. A face da Terra deveria
evitar a todo custo a chamada III Guerra Mundial. Segundo a deliberação
do Cristo, se e somente se as nações terrenas, durante este período de
50 anos, aprendessem a arte do bom convívio e da fraternidade, evitando
uma guerra de destruição nuclear, o mundo terrestre estaria enfim
admitido na comunidade planetária do Sistema Solar como um mundo em
regeneração. Nenhum de nós pode prever, Geraldinho, os avanços que se
darão a partir dessa data de julho de 2019, se apenas soubermos defender
a paz entre nossas nações mais desenvolvidas e cultas!”.
FE – Quais são os acontecimentos que podemos prever com essas revelações para a Terra?
Geraldinho – Perguntei, então, ao Chico a que avanços ele se referia e
ele me respondeu: “Nós alcançaremos a solução para todos os problemas de
ordem social, como a solução para a pobreza e a fome que estarão
extintas; teremos a descoberta da cura de todas as doenças do corpo
físico pela manipulação genética nos avanços da Medicina; o homem
terrestre terá amplo e total acesso à informação e à cultura, que se
fará mais generalizada; também os nossos irmãos de outros planetas mais
evoluídos terão a permissão expressa de Jesus para se nos apresentarem
abertamente, colaborando conosco e oferecendo-nos tecnologias novas, até
então inimagináveis ao nosso atual estágio de desenvolvimento
científico; haveremos de fabricar aparelhos que nos facilitarão o
contato com as esferas desencarnadas, possibilitando a nossa saudosa
conversa com os entes queridos que já partiram para o além-túmulo; enfim
estaríamos diante de um mundo novo, uma nova Terra, uma gloriosa fase
de espiritualização e beleza para os destinos de nosso planeta.”
Foi
então que, fazendo as vezes de advogado do diabo, perguntei a ele:
Chico, até agora você tem me falado apenas da melhor hipótese, que é
esta em que a humanidade terrestre permaneceria em paz até o fim daquele
período de 50 anos. Mas, e se acontecer o caso das nações terrestres se
lançarem a uma guerra nuclear? “Ah! Geraldinho, caso a humanidade
encarnada decida seguir o infeliz caminho da III Guerra mundial, uma
guerra nuclear de consequências imprevisíveis e desastrosas, aí então a
própria mãe Terra, sob os auspícios da Vida Maior, reagirá com violência
imprevista pelos nossos homens de ciência. O homem começaria a III
Guerra, mas quem iria terminá-la seriam as forças telúricas da natureza,
da própria Terra cansada dos desmandos humanos, e seríamos defrontados
então com terremotos gigantescos; maremotos e ondas (tsunamis)
consequentes; veríamos a explosão de vulcões há muito extintos;
enfrentaríamos degelos arrasadores que avassalariam os polos do globo
com trágicos resultados para as zonas costeiras, devido à elevação dos
mares; e, neste caso, as cinzas vulcânicas associadas às irradiações
nucleares nefastas acabariam por tornar totalmente inabitável todo o
Hemisfério Norte de nosso globo terrestre.”
Geraldinho – O que aconteceria especificamente com o Brasil?
No que Chico respondeu: “em todas as duas situações, o Brasil cumprirá o
seu papel no grande processo de espiritualização planetária. Na melhor
das hipóteses, nossa nação crescerá em importância sociocultural,
política e econômica perante a comunidade das nações. Não só seremos o
celeiro alimentício e de matérias-primas para o mundo, como também a
grande fonte energética com o descobrimento de enormes reservas
petrolíferas que farão da Petrobras uma das maiores empresas do mundo”.
E prosseguiu Chico: “O Brasil crescerá a passos largos e ocupará
importante papel no cenário global, isso terá como consequência a
elevação da cultura brasileira ao cenário internacional e, a reboque, os
livros do Espiritismo Cristão, que aqui tiveram solo fértil no seu
desenvolvimento, atingirão o interesse das outras nações também. Agora,
caso ocorra a pior hipótese, com o Hemisfério Norte do planeta
tornando-se inabitável, grandes fluxos migratórios se formariam então
para o Hemisfério Sul, onde se situa o Brasil, que então seria chamado
mais diretamente a desempenhar o seu papel de Pátria do Evangelho,
exemplificando o amor e a renúncia, o perdão e a compreensão espiritual
perante os povos migrantes. A Nova Era da Terra, neste caso, demoraria
mais tempo para chegar com todo seu esplendor de conquistas científicas e
morais, porque seria necessário mais um longo período de reconstrução
de nossas nações e sociedades, forçadas a se reorganizarem em seus
fundamentos mais básicos”.
FE – Segundo Chico Xavier, esses fluxos migratórios seriam pacíficos?
Geraldinho Infelizmente não. Segundo Chico me revelou, o que restasse
da ONU acabaria por decidir a invasão das nações do Hemisfério Sul,
incluindo-se aí obviamente o Brasil e o restante da América do Sul, a
Austrália e o sul da África, a fim de que nossas nações fossem ocupadas
militarmente e divididas entre os sobreviventes do holocausto no
Hemisfério Norte. Aí é que nós, brasileiros, iríamos ser chamados a
exemplificar a verdadeira fraternidade cristã, entendendo que nossos
irmãos do Norte, embora invasores a “mano militare”, não deixariam de
estar sobrecarregados e aflitos com as consequências nefastas da guerra e
das hecatombes telúricas, e, portanto, ainda assim, devendo ser
considerados nossos irmãos do caminho, necessitados de apoio e arrimo,
compreensão e amor.
Neste ponto da conversa, Chico fez uma pausa na
narrativa e completou: “Nosso Brasil como o conhecemos hoje será então
desfigurado e dividido em quatro nações distintas. Somente uma quarta
parte de nosso território permanecerá conosco e aos brasileiros restarão
apenas os Estados do Sudeste somados a Goiás e ao Distrito Federal. Os
norteamericanos, canadenses e mexicanos ocuparão os Estados da Região
Norte do País, em sintonia com a Colômbia e a Venezuela. Os europeus
virão ocupar os Estados da Região Sul do Brasil unindo-os ao Uruguai, à
Argentina e ao Chile. Os asiáticos, notadamente chineses, japoneses e
coreanos, virão ocupar o nosso Centro-Oeste, em conexão com o Paraguai, a
Bolívia e o Peru. E, por fim, os Estados do Nordeste brasileiro serão
ocupados pelos russos e povos eslavos. Nós não podemos nos esquecer de
que todo esse intrincado processo tem a sua ascendência espiritual e
somos forçados a reconhecer que temos muito que aprender com os povos
invasores. Vejamos, por exemplo: os norte-americanos podem nos ensinar o
respeito às leis, o amor ao direito, à ciência e ao trabalho. Os
europeus, de uma forma geral, poderão nos trazer o amor à filosofia, à
música erudita, à educação, à história e à cultura. Os asiáticos poderão
incorporar à nossa gente suas mais altas noções de respeito ao dever, à
disciplina, à honra, aos anciãos e às tradições milenares. E, então,
por fim, nós brasileiros, ofertaremos a eles, nossos irmãos na carne, os
mais altos valores de espiritualidade que, mercê de Deus, entesouramos
no coração fraterno e amigo de nossa gente simples e humilde, essa gente
boa que reencarnou na grande nação brasileira para dar cumprimento aos
desígnios de Deus e demonstrar a todos os povos do planeta a fé na Vida
Superior, testemunhando a continuidade da vida além-túmulo e o exercício
sereno e nobre da mediunidade com Jesus”.
FE – O Brasil, embora sofrendo o impacto moral dessa ocupação estrangeira, estaria imune aos movimentos telúricos da Terra?
Geraldinho – Infelizmente, não. Segundo Chico Xavier, o Brasil não terá
privilégios e sofrerá também os efeitos de terremotos e tsunamis,
notadamente nas zonas costeiras. Acontece que, de acordo com o médium, o
impacto por aqui será bem menor se comparado com o que sobrevirá no
Hemisfério Norte do planeta.
FE – Por tudo que se depreende da fala
de Chico Xavier, você também crê que a ida do homem à Lua, em julho de
1969, tenha precipitado de certa forma a preocupação com as conquistas
científicas dos humanos, que poderiam colocar em risco o equilíbrio do
Sistema Solar?
Geraldinho – Sim, creio que a revelação de Chico
Xavier a respeito traz, nas entrelinhas, essa preocupação celeste quanto
às possíveis interferências dos humanos terráqueos nos destinos do
equilíbrio planetário em nosso Sistema Solar. Pelo que Chico Xavier
falou, alguns dos seres angélicos de outros orbes planetários não
estariam dispostos a nos dar mais este prazo de 50 anos, que vencerá
daqui a apenas oito anos, temerosos talvez de nossas nefastas e
perniciosas influências. Essa última hora bem que poderia ser por nós
considerada como a última bênção misericordiosa de Jesus Cristo em nosso
favor, uma vez que, pela explicação de Chico Xavier, foi ele, Nosso
Senhor, quem advogou em favor de nossa causa, ainda uma vez mais.
FE – A reunião da comunidade celeste teria decidido algo mais, segundo a exposição de Chico Xavier?
Geraldinho – Sim. Outra decisão dos benfeitores espirituais da Vida
Maior foi a que determinou que, após o alvorecer do ano 2000 da Era
Cristã, os espíritos empedernidos no mal e na ignorância não mais
receberiam a permissão para reencarnar na face da Terra. Reencarnar
aqui, a partir dessa data, equivaleria a um valioso prêmio justo,
destinado apenas aos espíritos mais fortes e preparados, que souberam
amealhar, no transcurso de múltiplas reencarnações, conquistas
espirituais relevantes como a mansidão, a brandura, o amor à paz e à
concórdia fraternal entre povos e nações. Insere-se dentro dessa
programação de ordem superior a própria reencarnação do mentor
espiritual de Chico Xavier, o espírito Emmanuel, que, de fato, veio a
renascer, segundo Chico informou a variados amigos mais próximos,
exatamente no ano 2000. Certamente, Emmanuel, reencarnado aqui no
coração do Brasil, haverá de desempenhar significativo papel na evolução
espiritual de nosso Orbe.
Todos os demais espíritos, recalcitrantes
no mal, seriam então, a partir de 2000, encaminhados forçosamente à
reencarnação em mundos mais atrasados, de expiações e de provas
aspérrimas, ou mesmo em mundos primitivos, vivenciando ainda o estágio
do homem das cavernas, para poderem purgar os seus desmandos e a sua
insubmissão aos desígnios superiores. Chico Xavier tinha conhecimento
desses mundos para onde os espíritos renitentes estariam sendo
degredados. Segundo ele, o maior desses planetas se chamaria Kírom ou
Quírom.
FE – Praticamente só nos restam oito anos pela frente.
Emmanuel fala na entrevista da década de 1950, já publicada nestas
páginas, que é urgente a transformação moral da humanidade. Qual deve
ser a nossa conduta frente a revelações tão assustadoras e ao conselho
do mentor?
Geraldinho – Então, caríssima Marlene, a última hora está
de fato aí demonstrada. Basta termos “olhos de ver e ouvidos de ouvir”,
segundo a assertiva de Jesus. É a nossa última chance, é a última hora…
Não há mais tempo para o materialismo. Não há mais tempo para ilusões
ou enganos imediatistas. Ou seguiremos com a Luz que efetivamente
buscarmos, ou nos afundaremos nas sombras de nossa própria ignorância.
Que será de nós? A resposta está em nosso livre-arbítrio, individual e
coletivo. É a nossa escolha de hoje que vai gerar o nosso destino.
Poderemos optar pelo melhor caminho, o da fraternidade, da sabedoria e
do amor, e a regeneração chegará para nós de forma brilhante a partir de
2019; ou poderemos simplesmente escolher o caminho do sofrimento e da
dor e, neste caso infeliz, teremos um longo período de reconstrução que
poderá durar mais de mil anos, segundo Chico Xavier. Entretanto, sejamos
otimistas. Lembremo-nos que deste período de 50 anos já se passaram 42
anos em que as nações mais desenvolvidas e responsáveis do planeta
conseguiram se suportar umas às outras sem se lançarem a uma guerra de
extermínio nuclear. Essa era a pré-condição imposta por Jesus. Até aqui
seguimos bem, embora entre trancos e barrancos. Faltam-nos hoje apenas o
percurso da última milha, os últimos oito anos deste período de exceção
e misericórdia do Altíssimo. Oxalá prossigamos na melhor companhia!
Como poderemos facilmente concluir, tudo dependerá, em última análise,
de nossas próprias escolhas, enquanto entidades individuais ou
coletivas, para nosso progresso e ascensão espiritual. É o “A cada um
será dado segundo as suas próprias obras!” que o Cristo nos ensinou.
Não estamos entregues à fatalidade nem predeterminados ao sofrimento.
Estamos diante de uma encruzilhada do destino coletivo que nos une à
nossa casa planetária, aqui na Terra. Temos diante de nós dois caminhos a
seguir. O caminho do amor e da sabedoria nos levará a mais rápida
ascensão espiritual coletiva. O caminho do ódio e da ignorância
acarretar-nos-á mais amplo dispêndio de séculos na reconstrução material
e espiritual de nossas coletividades. Tudo virá de acordo com nossas
escolhas de agora, individuais e coletivas. Oremos muito para que os
Benfeitores da Vida Maior continuem a nos ajudar e incentivar a seguir
pelo Caminho da Verdade e da Vida. O próprio espírito Emmanuel, através
de Chico Xavier, respondendo a uma entrevista já publicada em livro nos
diz que as profecias são reveladas aos homens para não serem cumpridas.
São na realidade um grande aviso espiritual para que nos melhoremos e
afastemos de nós a hipótese do pior caminho. “
Previsões já concretizadas
Algumas das previsões de Chico Xavier já se concretizaram. Depois de
1969, o Brasil começou um grande surto desenvolvimentista, vindo depois a
democratizar-se sem traumas sangrentos, fazendo a transição de forma
pacífica e ordenada. A Europa, antes dividida em nações antagônicas,
passou a considerar a possibilidade de uma união mais ampla, acabando
por consolidar a efetiva existência da União Europeia como um mercado
comum econômica e politicamente falando, chegando, inclusive, a lançar
uma moeda única, em substituição às antigas, que é o Euro de hoje.
Depois de 1969, a Guerra Fria arrefeceu-se; caiu a cortina de ferro da
Europa Oriental; derrubou-se o Muro de Berlim; ruiu a antiga URSS como
resultado da Perestroika para o surgimento de uma nova Rússia mais
livre, juntamente a outras novas nações associadas. O grande surto
desenvolvimentista da China e dos países chamados tigres asiáticos
certamente vem colaborando para a união e maior interação entre povos
distantes.
O Brasil abriu-se também para o mundo, estabilizou sua
economia, lançou uma moeda forte, o Real, cresceu economicamente e
descobriu vastas reservas petrolíferas, tornando-se uma nação mais
importante no cenário internacional, assumindo novas responsabilidades
no progresso das nações. Hoje o mundo está muito mais consciente das
responsabilidades ambientais, e grandes movimentos globais nesse sentido
já surgiram como o Protocolo de Kyoto. As ciências avançam a passos
largos, e os cientistas decodificaram o DNA humano com inegáveis
benefícios para o combate às doenças do corpo físico. As
telecomunicações estreitaram os laços entre os seres e as nações, com a
telefonia celular ao alcance de toda a gente e a internet de banda larga
acelerando o acesso ao conhecimento geral e à liberdade de pensamento.
Grandes movimentos coletivos hoje forçam governantes tirânicos a ceder
espaço às novas democracias. Tudo isso fora previsto por Chico Xavier,
em meados da década de 80, muito antes de efetivamente vir a acontecer.
“Tudo se encaixa como sendo parte de um retrato mais amplo do trabalho
dos benfeitores espirituais da Vida Maior em favor da paz e da
concórdia, do desenvolvimento e da cultura em escala global. Os
emissários do Cristo estão agindo em nosso favor e, por isso mesmo, não
podemos perder a fé na continuidade desse auxílio”, afirma Lemos Neto.
“Isso tudo sem mencionarmos os grandes avisos que a própria Terra está
nos dando. O aquecimento global é um fato. O Jornal Nacional noticiou há
poucos meses que a calota polar do Norte estará totalmente degelada em
meados de 2012, segundo conclusões de renomados cientistas. Depois do
ano 2000 algumas nações têm sofrido tsunamis e terremotos cada vez mais
assustadores, dizimando dezenas de milhares de vítimas. A média global
anterior para terremotos acima de 9.0 pontos na escala de Richter era de
um por década, e nos últimos dez anos nós já tivemos cinco tremores
acima dessa magnitude, sendo dois no espaço de um ano, o do Chile e o do
Japão, mais recentemente. Os avisos aí estão: o homem terrestre precisa
mudar interiormente, e um grande apelo à sua espiritualização ouve-se
por toda parte. Continuemos a confiar em Deus e em Jesus, Nosso Senhor,
que não nos desamparará!”, finaliza.
Fonte: Folha Espírita, nº 439 - Marlene Nobre
segunda-feira, 18 de julho de 2016
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