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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

A FEB promove Seminário “Jesus, a Porta. Kardec, a Chave”
















A Federação Espírita Brasileira, por meio de seu Núcleo de Estudo e Pesquisa do Evangelho (NEPE) promoverá o Seminário “Jesus, a Porta. Kardec, a Chave”.
Dia: 02 de março de 2013 (sábado).
Horário: das 8h30 às 16 horas.
Local: Auditório principal da FEB, em Brasília.
Público alvo: representantes e colaboradores das 27 Entidades Federativas Estaduais e da FEB, e demais interessados.
Coordenação: Haroldo Dutra Dias.
Programação:
Período da Manhã:
1. Origem e Objetivos do NEPE. Expositor: Antonio Cesar Perri de Carvalho;
2. Fundamentação Teórica e Doutrinária do NEPE e do Estudo do Evangelho com base nas obras de Kardec e Chico Xavier. Expositor: Haroldo Dutra Dias;
3. Metodologia de Estudo Interpretativo do Evangelho. Expositor: Wagner Gomes Paixão;
4. Experiência da FEB: Curso de O Evangelho Segundo o Espiritismo com base no método interpretativo do Evangelho. Expositora: Célia Maria Rey de Carvalho.
Período da Tarde:
1. Oficina do Evangelho – Estudo de um versículo: Coordenação Haroldo Dutra Dias e participação dos membros da Comissão de Administração do NEPE.
2. Mesa Redonda – Coordenação: Ricardo de Andrade Toloise Mesquita. Participantes: Haroldo Dutra Dias, Simão Pedro de Lima, Afonso Chagas, Flávio Rey de Carvalho e Wagner Gomes da Paixão.
Encerramento.
INFORMAÇÕES SOBRE AS INSCRIÇÕES
Mais informações: nepe@febnet.org.br

Fonte:  http://federacaoespiritape.org/a-feb-promove-seminario-jesus-a-porta-kardec-a-chave/

Seminário sobre a Reencarnação ao longo dos Tempos


































O Centro Espírita Deus Cristo e Caridade convida para esse maravilhoso encontro com o palestrante espírita de Pernambuco – Bruno Tavares, integrante fa Associação Espírita Casa dos Humildes, do Bairro de Casa Forte, em Recfe.
Data: 10 de março de 2013, das 09 as 12h00
Local: Centro Espírita Deus Cristo e Caridade – Rua Cabo, 262 – Jardim Muribeca (Por trás do terminal do ônibus).
Participe com a doação de 1kg de alimento não perecível.
Mais informações: Deptº: Comunicação e Divulgação
Fone: (81) 8790-3675
Facebook: Centro Espírita Deus Cristo e Caridade
 
Fonte: http://federacaoespiritape.org/seminario-sobre-a-reencarnacao-ao-longo-dos-tempos/


Seminário Renovando Atitudes


































III Seminário Irmãos da Luz
Data: 19 de maio de 2013, das 08 às 18h00
Local: Teatro Beberibe do Centro de Convenções de Pernambuco

Programação
08h20 Abertura
09h00 as 10h20 – Palestra de Abertura: Francisco Neto – Tema: Renovando Atitudes, como somos por que somos
10h25 as 11h05 – Intervalo (lanches e autógrafos dos livros)
11h05 as 12h30 – Palestra: Francisco Neto – Tema: É vontade de Deus – será mesmo?
12h35 às 14h05 – *Almoço*
14h10 às 15h30 – Palestra: Spencer Júnior – Tema: Diante da noite, não acuse as trevas. Aprenda a fazer luz
15h35 às 16h05 – Intervalo (lanches e autógrafos dos livros)
16h10 às 17h30 – Palestra de encerramento: Silvio Romero – Tema: Até que o sol não brilhe, acendamos uma vela na escuridão

Informações:
- Venda de livros de Francisco do Espírito Santo Neto por Hammed e outros Espíritos e os livros de Spencer Júnior; (os autores estarão, ao fim das palestras, autografando os livros);

- Venda de lanches (salgados, doces, sucos, tortas, refrigerantes etc.). Será servido almoço com refrigerante ao preço de R$7,00 (sete reais);
- Toda a renda com o III Seminário Irmãos da Luz (lanches, almoço, venda de ingressos, venda de livros; entre outros) será revertida para a construção da sede do grupo INFIL – Instituto Fraterno Irmãos da Luz.
Mais Informações: (81) 8656-0651 (OI) ou (81) 9910-7394 (TIM)
Fonte: http://federacaoespiritape.org/seminario-renovando-atitudes/

Encontro Fraterno com Divaldo Franco em Pernambuco



































A Federação Espírita Pernambucana promove no sábado, dia 30 de março de 2013, o Encontro Fraterno com Divaldo Franco em Pernambuco. Divaldo ministrará Simpósio com o seguinte tema: Mediunidade – Desafios e Bençaos, título de um dos livros de sua psicografia, ditado pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda.
Atente para as seguintes informações:
Local: Centro de Convenções da UFPE
Horário: 14h00 às 19h00

Ingressos à venda na Livraria da FEP. Em breve, à venda Livraria Renascer, Banca do Livro Espírita, GEFA – Grpo Espírita Francisco de Assis de Piedade, NEIL – Núcleo Espírita Investigadores da Luz, Abrigo Espírita Batista de Carvalho e Loja Gramophone do Shopping Recife.
Programação:
14h00 – Recepção – Boas Vindas.
14h20 – Apresentação Cultural.
14h50 – Abertura do Simpósio com Divaldo Franco – Prece Inicial.
16h30 – Intervalo. Momento de Autógrafo com Divaldo Franco.
17h00 – Reinício do simpósio.
18h00 – Interação com o Público – Perguntas e respostas.
19h00 – Encerramento – Agradecimentos – Prece Final.

Mais informações pelo e-mail: inscricaoemeventonafepe@gmail.com
No domingo, dia 31 de março, Divaldo Franco estará no Shopping Difusora em Caruaru, para ministrar simpósio e proferir palestra, conforme a seguinte programação:
15 às 17h00 – Simpósio
20 às 21h00 – Palestra

Mais informações pelo e-mail: nelioesperanto@hotmail.com

Fonte:  http://federacaoespiritape.org/encontro-fraterno-com-divaldo-franco-em-pernambuco/

PERANTE OS SONHOS


André Luiz

Encarar com naturalidade os sonhos que possam surgir durante o descanso físico,
sem preocupar-se aflitivamente com quaisquer fatos ou idéias que se reportem a eles.
Há mais sonhos em vigília que no sono natural.
Extrair sempre os objetivos edificantes desse ou daquele painel entrevisto em sonho
Em tudo há sempre uma lição.
Repudiar as interpretações supersticiosas que pretendam correlacionar os sonhos com jogos de azar e acontecimentos mundanos, gastando preciosos recursos e oportunidades da existência em preocupação viciosa e fútil.
Objetivos elevados, tempo aproveitado.
Acautelar-se quanto às comunicações inter vivos, no sonho vulgar, pois, conquanto o fenômeno seja real, a sua autenticidade é bastante rara.
O Espírito encarnado é tanto mais livre no corpo denso, quanto mais escravo se mostre aos deveres que a vida lhe preceitua.
Não se prender demasiadamente aos sonhos de que recorde ou às narrativas oníricas de que se faça ouvinte, para não descer ao terreno baldio da extravagância.
A lógica e o bom senso devem presidir a todo raciocínio.
Preparar um sono tranqüilo pela consciência pacificada nas boas obras, acendendo a luz da oração, antes de entregar-se ao repouso normal.
A inércia do corpo não é calma para o Espírito aprisionado à tensão.
Admitir os diversos tipos de sonhos, sabendo, porém, que a grande maioria deles se originam de reflexos psicológicos ou de transformações relativas ao próprio campo orgânico.
O Espírito encarnado e o corpo que o serve respiram em regime de reciprocidade no reino das vibrações.
  
“E rejeita as questões loucas...” — Paulo. (II TIMÓTEO, 2:23.)

Ditado Pelo Espírito - André Luiz - Psicografia Waldo Vieira

10º Encontro de Coros com a Música Sacra



Por: Maestro Josias Gouveia

Queridos MAESTROS/REGENTES E CORISTAS

Estamos organizando o 10º Encontro de Coros com a Música Sacra na Quaresma, nos dias 26 e 27 de março de 2013 as 18:30 horas na
Basílica de Nossa do Carmo em Recife/PE.

Contamos com a presença dos coros sob a vossa regência para abrilhantar este evento com o seu magnífico repertório na nave do altar mor dessa Basílica.

Divulguem - Inscrevam-se e participem !

https://www.facebook.com/josiasgouveia




quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

A Formiguinha



 




















 Fonte: Revista Espírita Brasileira Reformador. Ano 139, nº 2205, p. 36, dezembro 2012

Férias Espíritas?!



































Fonte: Revista Espírita Brasileira Reformador. Ano 139, nº 2205, p. 17, dezembro 2012

As Três Orações
























Fonte: Revista Espírita Brasileira Reformador. Ano 139, nº 2205, p. 24-26, dezembro 2012


A Parábola de um Centro Espírita






















































Fonte: Revista Espírita Brasileira Reformador. Ano 139, nº 2205, , p. 27-29, dezembro 2012

Comunicação com os Espíritos


































































Fonte: Revista Espírita Brasileira Reformador. Ano 139, nº 2205, p. 36, dezembro 2012

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

O PORVIR E O NADA


1. Vivemos, pensamos e operamos — eis o que é positivo. E que morremos, não é menos certo. Mas, deixando a Terra, para onde vamos? Que seremos após a morte? Estaremos melhor ou pior? Existiremos ou não? Ser ou  não ser, tal a alternativa. Para sempre ou para nunca mais; ou tudo ou nada: Viveremos eternamente, ou tudo se aniquilará de vez? É uma tese, essa, que se impõe. Todo homem experimenta a necessidade de viver, de gozar, de amar e ser feliz. Dizei ao moribundo que ele viverá ainda; que a sua hora é retardada; dizei-lhe sobretudo que será mais feliz do que porventura o tenha sido, e o seu coração rejubilará. Mas, de que serviriam essas aspirações de felicidade, se um leve sopro pudesse dissipá-las? Haverá algo de mais desesperador do que esse pensamento da destruição absoluta? Afeições caras, inteligência, progresso, saber laboriosamente adquiridos, tudo despedaçado, tudo perdido! De nada nos serviria, portanto, qualquer esforço no sofreamento das paixões, de fadiga para nos ilustrarmos, de devotamento à causa do progresso, desde que de tudo isso nada aproveitássemos, predominando o pensamento de que amanhã mesmo, talvez, de nada nos serviria tudo isso. Se assim fora, a sorte do homem seria cem vezes pior que a do bruto, porque este vive inteiramente do presente na satisfação dos seus apetites materiais, sem aspiração para o futuro. Diz-nos uma secreta intuição, porém, que isso não é possível.

2. Pela crença em o nada, o homem concentra todos os seus pensamentos, forçosamente, na vida presente. Logicamente não se explicaria a preocupação de um futuro que se não espera. Esta preocupação exclusiva do presente conduz o homem a pensar em si, de preferência a tudo: é, pois, o mais poderoso estimulo ao egoísmo, e o incrédulo é consequente quando chega à seguinte conclusão: Gozemos enquanto aqui estamos; gozemos o mais possível, pois que conosco tudo se acaba; gozemos depressa, porque não sabemos quanto tempo existiremos. Ainda consequente é esta outra conclusão, aliás mais grave para a sociedade: Gozemos apesar de tudo, gozemos de qualquer modo, cada qual por si; a felicidade neste mundo é do mais astuto. E se o respeito humano contém a alguns seres, que freio haverá para os que nada temem? Acreditam estes últimos que as leis humanas não atingem senão os ineptos e assim empregam todo o seu engenho no melhor meio de a elas se esquivarem. Se há doutrina insensata e anti-social, é, seguramente, o niilismo que rompe os verdadeiros laços de solidariedade e fraternidade, em que se fundam as relações sociais.

3. Suponhamos que, por uma circunstância qualquer, todo um povo adquire a certeza de que em oito dias, num mês, ou num ano será aniquilado; que nem um só indivíduo lhe sobreviverá, como de sua existência não sobreviverá nem um só traço: Que fará esse povo condenado, aguardando o extermínio? Trabalhará pela causa do seu progresso, da sua instrução? Entregar-se-á ao trabalho para viver? Respeitará os direitos, os bens, a vida do seu semelhante? Submeter-se-á a qualquer lei ou autoridade por mais legítima que seja, mesmo a paterna? Haverá para ele, nessa emergência, qualquer dever? Certo que não. Pois bem! O que se não dá coletivamente, a doutrina do  niilismo realiza todos os dias isoladamente, individualmente. E se as conseqüências não são desastrosas tanto quanto poderiam ser, é, em primeiro lugar, porque na maioria dos incrédulos há mais jactância que verdadeira incredulidade, mais dúvida que convicção — possuindo eles mais medo do nada do que pretendem aparentar — o qualificativo de espíritos fortes lisonjeia-lhes a vaidade e o amor-próprio; em segundo lugar, porque os incrédulos absolutos se contam por ínfima minoria, e sentem a seu pesar os ascendentes da opinião contrária, mantidos por uma força material. Torne-se, não obstante, absoluta a incredulidade da maioria, e a sociedade entrará em dissolução. Eis ao que tende a propagação da doutrina niilista. (1Fossem, porém, quais fossem as suas conseqüências, uma vez que se impusesse como verdadeira, seria preciso aceitá-la, e nem sistemas contrários, nem a idéia dos males resultantes poderiam obstar-lhe a existência. Forçoso é dizer que, a despeito dos melhores esforços da religião, o cepticismo, a dúvida, a indiferença ganham terreno dia a dia. (1) Um moço de dezoito anos, afetado de uma enfermidade do coração, foi declarado incurável. A Ciência havia dito: Pode morrer dentro de oito dias ou de dois anos, mas não irá além. Sabendo-o, o moço para logo abandonou os estudos  e entregou-se a excessos de todo o gênero. Quando se lhe ponderava o perigo de uma vida desregrada, respondia: Que me importa, se não tenho mais de dois anos de vida? De que me serviria fatigar o espírito? Gozo o pouco que me resta e quero divertir-me até o fim. — Eis a conseqüência lógica do niilismo. Se este moço fora espírita, teria dito: A morte só destruirá o corpo, que deixarei como fato usado, mas o meu Espírito viverá. Serei na vida futura aquilo que eu próprio houver feito de mim nesta vida; do que nela puder adquirir em qualidades morais e intelectuais nada perderei, porque será outro tanto de ganho para o meu adiantamento; toda a imperfeição de que me livrar será um passo a mais para a felicidade. A minha felicidade ou infelicidade depende da utilidade ou inutilidade da presente existência. É portanto de meu interesse aproveitar o pouco tempo que me resta, e evitar tudo o que possa diminuir-me as forças. Qual destas doutrinas é preferível? Mas, se a religião se mostra impotente para sustar a incredulidade, é que lhe falta alguma coisa na luta. Se por outro lado a religião se condenasse à imobilidade, estaria, em dado tempo, dissolvida. O que lhe falta neste século de positivismo, em que se procura compreender antes de crer, é, sem dúvida, a sanção de suas doutrinas por fatos positivos, assim como a concordância das mesmas com os dados positivos da Ciência. Dizendo ela ser branco o que os fatos dizem ser negro, é preciso optar entre a evidência e a fé cega.

4. É nestas circunstâncias que o Espiritismo vem opor um dique à difusão da incredulidade, não somente pelo raciocínio, não somente pela perspectiva dos perigos que ela acarreta, mas pelos fatos materiais, tornando visíveis e tangíveis a alma e a vida futura. Todos somos livres na escolha das nossas crenças; podemos crer em alguma coisa ou em nada crer, mas aqueles que procuram fazer prevalecer no espírito das massas, da juventude principalmente, a negação do futuro, apoiando-se na autoridade do seu saber e no ascendente da sua posição, semeiam na sociedade germens de perturbação e dissolução, incorrendo em grande responsabilidade.

5. Há uma doutrina que se defende da pecha de materialista porque admite a existência de um princípio inteligente fora da matéria: é a da  absorção no Todo Universal. Segundo esta doutrina, cada indivíduo assimila ao nascer uma parcela desse princípio, que constitui sua alma, e dá-lhe vida, inteligência e sentimento. Pela morte, esta alma volta ao foco comum e perde-se no infinito, qual gota d'água no oceano. Incontestavelmente esta doutrina é um passo adiantado sobre o puro materialismo, visto como admite alguma coisa, quando este nada admite. As conseqüências, porém, são exatamente as mesmas. Ser o homem imerso em o nada ou no reservatório comum, é para ele a mesma coisa; aniquilado ou perdendo a sua individualidade, é como se não existisse; as relações sociais nem por isso deixam de romper-se, e para sempre. O que lhe é essencial é a conservação do seu eu; sem este, que lhe importa ou não subsistir? O futuro afigura-se-lhe sempre nulo, e a vida presente é a única coisa que o interessa e preocupa. Sob o ponto de vista das conseqüências morais, esta doutrina é, pois, tão insensata, tão desesperadora, tão subversiva como o materialismo propriamente dito.

6. Pode-se, além disso, fazer esta objeção: todas as gotas d'água tomadas ao oceano se assemelham e possuem idênticas propriedades como partes de um mesmo todo; por que, pois, as almas tomadas ao grande oceano da inteligência universal tão pouco se assemelham? Por que o gênio e a estupidez, as mais sublimes virtudes e os vícios mais ignóbeis? Por que a bondade, a doçura, a mansuetude ao lado da maldade, da crueldade, da barbaria? Como podem ser tão diferentes entre si as partes de um mesmo todo homogêneo? Dir-se-á que é a educação que a modifica? Neste caso donde vêm as qualidades inatas, as inteligências precoces, os bons e maus instintos independentes de toda a educação e tantas vezes em desarmonia com o meio no qual se desenvolvem? Não resta dúvida de que a educação modifica as qualidades intelectuais e morais da alma; mas aqui ocorre uma outra dificuldade: Quem dá a esta a educação para fazê-la progredir? Outras almas que por sua origem comum não devem ser mais adiantadas. Além disso, reentrando a alma no Todo Universal donde saiu, e havendo progredido durante a vida, leva-lhe um elemento mais perfeito. Daí se infere que esse Todo se encontraria, pela continuação, profundamente modificado e melhorado. Assim, como se explica saírem incessantemente desse Todo almas ignorantes e perversas? 7. Nesta doutrina, a fonte universal de inteligência que abastece as almas humanas é independente da Divindade; não é precisamente o panteísmo. O panteísmo propriamente dito considera o princípio universal de vida e de inteligência como constituindo a Divindade. Deus é concomitantemente Espírito e matéria; todos os seres, todos os corpos da Natureza compõem a Divindade, da qual são as moléculas e os elementos constitutivos; Deus é o conjunto de todas as inteligências reunidas; cada indivíduo, sendo uma parte do todo, é Deus ele próprio; nenhum ser superior e independente rege o conjunto; o Universo é uma imensa república sem chefe, ou antes, onde cada qual é chefe com poder absoluto.

8. A este sistema podem opor-se inumeráveis objeções, das quais são estas as principais: não se podendo conceber divindade sem infinita perfeição, pergunta-se como um todo perfeito pode ser formado de partes tão imperfeitas, tendo necessidade de progredir? Devendo cada parte ser submetida à lei do progresso, força é convir que o próprio Deus deve progredir; e se Ele progride constantemente, deveria ter sido, na origem dos tempos, muito imperfeito. E como pôde um ser imperfeito, formado de idéias tão divergentes, conceber leis tão harmônicas, tão admiráveis de unidade, de sabedoria e previdência quais as que regem o Universo? Se todas as almas são porções da Divindade, todos concorreram para as leis da Natureza; como sucede, pois, que elas murmurem sem cessar contra essas leis que são obra sua? Uma teoria não pode ser aceita como verdadeira senão com a cláusula de satisfazer a razão e dar conta de todos os fatos que abrange; se um só fato lhe trouxer um desmentido, é que não contém a verdade absoluta.

9. Sob o ponto de vista moral, as conseqüências são igualmente ilógicas. Em primeiro lugar é para as almas, tal como no sistema precedente, a absorção num todo e a perda da
individualidade. Dado que se admita, consoante a opinião de alguns panteístas, que as almas conservem essa individualidade, Deus deixaria de ter vontade única para ser um composto de miríades de vontades divergentes. Além disso, sendo cada alma parte integrante da Divindade, deixa de ser dominada por um poder superior; não incorre em responsabilidade por seus atos bons ou maus; soberana, não tendo interesse algum na prática do bem, ela pode praticar o mal impunemente.

10.  Demais, estes sistemas não satisfazem nem a razão nem a aspiração humanas; deles decorrem dificuldades insuperáveis, pois são impotentes para resolver todas as questões de fato que suscitam.  O homem tem, pois, três alternativas: o nada, a absorção ou a individualidade da alma antes e depois da morte. É para esta última crença que a lógica nos impele irresistivelmente, crença que tem formado a base de todas as religiões desde que o mundo existe. E se a lógica nos conduz à individualidade da alma, também nos aponta esta outra conseqüência: a sorte de cada alma deve depender das suas qualidades pessoais, pois seria irracional admitir que a alma atrasada do selvagem, como a do homem perverso, estivesse no nível da do sábio, do homem de bem. Segundo os princípios de justiça, as almas devem ter a responsabilidade dos seus atos, mas para haver essa responsabilidade, preciso é que elas sejam livres na escolha do bem e do mal; sem o livre arbítrio há fatalidade, e  com a fatalidade não coexistiria a responsabilidade.

11. Todas as religiões admitiram igualmente o princípio da felicidade ou infelicidade da alma após a morte, ou, por outra, as penas e gozos futuros, que se resumem na doutrina do céu e do inferno encontrada em toda parte. No que elas diferem essencialmente, é quanto à natureza dessas penas e gozos,  principalmente sobre as condições determinantes de umas e de outras. Daí os pontos de fé contraditórios dando origem a cultos diferentes, e os deveres impostos por estes, consecutivamente, para honrar a Deus e alcançar por esse meio o céu, evitando o inferno.

12. Todas as religiões houveram de ser em sua origem relativas ao grau de adiantamento moral e intelectual dos homens: estes, assaz materializados para compreenderem o mérito das coisas puramente espirituais, fizeram consistir a maior parte dos deveres religiosos no cumprimento de fórmulas exteriores. Por muito tempo essas fórmulas lhes satisfizeram a razão; porém, mais tarde, porque se fizesse a luz em seu espírito, sentindo o vácuo dessas fórmulas, uma vez que a religião não o preenchia, abandonaram-na e tornaram-se filósofos.

13. Se a religião, apropriada em começo aos conhecimentos limitados do homem, tivesse acompanhado sempre o movimento progressivo do espírito humano, não haveria incrédulos, porque está na própria natureza do homem a necessidade de crer, e ele crerá desde que se lhe dê o pábulo espiritual de harmonia com as suas necessidades intelectuais. O homem quer saber donde veio e para onde vai. Mostrando-se-lhe um fim que não corresponde às suas aspirações nem à idéia que ele faz de Deus, tampouco aos dados positivos que lhe fornece a Ciência; impondo-se-lhe, ademais, para atingir o seu desiderato, condições cuja utilidade sua razão contesta, ele tudo rejeita; o materialismo e o panteísmo parecem-lhe mais racionais, porque com eles ao menos se raciocina e se discute, falsamente embora. E há razão, porque antes raciocinar em falso do que não raciocinar absolutamente. Apresente-se-lhe, porém, um futuro condicionalmente lógico, digno em tudo da grandeza, da justiça e da infinita bondade de Deus, e ele repudiará o materialismo e o panteísmo, cujo vácuo sente em seu foro íntimo, e que aceitará à falta de melhor crença. O Espiritismo dá coisa melhor; eis por que é acolhido pressurosamente por todos os atormentados da dúvida, os que não encontram nem nas crenças nem nas filosofias vulgares o que procuram. O Espiritismo tem por si a lógica do raciocínio e a sanção dos fatos, e é por isso que inutilmente o têm combatido.

14. Instintivamente tem o homem a crença no futuro, mas não possuindo até agora nenhuma base certa para defini-lo, a sua imaginação fantasiou os sistemas que originaram a diversidade de crenças. A Doutrina Espírita sobre o futuro — não sendo uma obra de imaginação mais ou menos arquitetada engenhosamente, porém o resultado da observação de fatos materiais que se desdobram hoje à nossa vista — congraçará, como já está acontecendo, as opiniões divergentes ou flutuantes e trará gradualmente, pela força das coisas, a unidade de crenças sobre esse ponto, não já baseada em simples hipótese, mas na certeza.  A unificação feita relativamente à sorte futura das almas será o primeiro ponto de contacto dos diversos cultos, um passo imenso para a tolerância religiosa em primeiro lugar e, mais tarde, para a completa fusão.

Fonte: O Céu e o Inferno. (Primeira Parte, Capítulo 1)


Músicas para a Alma